Beatriz Seixas
Um dos investimentos mais estratégicos para o Espírito
Santo, o Porto Central, está perto de sair do papel. Ontem, a empresa – formada
pelo Porto de Roterdã e a TPK Logística – recebeu uma licença da Agencia
Nacional dos Transportes Aquaviários (ANTAQ) que dá o aval para a construção do
terminal, em Presidente Kennedy.
Para o projeto deslanchar, ainda é preciso outras
duas autorizações do governo federal – Ministério dos Transportes e órgão
ambiental -, mas a licença publicada no Diário Oficial da União nesta
quarta-feira, 18, já dá um indicativo de que o projeto vai ser concretizado.
O presidente do Porto Central, José Maria Vieira de
Novaes, disse estar otimista com a liberação por parte desses órgãos da Licença
de Instalação (LI). “Acreditamos que nos próximos dois meses vamos receber a
licença do Ibama e assinar o termo de construção do porto junto ao Ministério
dos Transportes”.
Outra sinalização nesse sentido foi a reunião que
representantes do porto, do governo do Estado e da bancada capixaba tiveram, em
Brasília, com o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho. “Ele afirmou que esse
é um projeto relevante para o Espírito Santo e para o Brasil, e frisou que o
Porto de Roterdã é muito bem-vindo como sócio do negócio. Então, que o governo
vai tratar do assunto de forma prioritária”, relatou Novaes.
A expectativa de receber o quanto antes o sinal
verde das entidades é em função das negociações junto a empresas que pretendem
se instalar no porto-indústria. “As licenças são pré-condições para
alavancarmos as negociações com as companhias que estudam vir para o Porto
Central. Esperamos que, com a autorização, os potenciais clientes fiquem mais
animados e se instalem no terminal. Isso acontecendo, aí começamos as obras”.
Por enquanto, já estão em andamento negociações
para o terminal de líquidos, GNL, carga geral e grãos, tanto com investidores
nacionais quanto internacionais. Se tudo sair conforme o planejado, o
empreendimento, de cerca de R$ 5 bilhões, deve iniciar as operações entre 2019
e 2020.