Publicado em
14/04/2020
Fonte: SFA-ES
Com a necessidade do isolamento social,
sugerido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para conter a pandemia do
novo Coronavírus (COVID-19) muitos servidores passaram a trabalhar remotamente.
No Porto de Capuaba, localizado em Vila Velha
(ES), o setor administrativo da Unidade Descentralizada de Vigilância
Agropecuária Internacional de Vitória (VIGI-VIX) foi colocado em home office,
seguindo as recomendações de saúde, mas os serviços de Vigilância Agropecuária
Internacional não foram prejudicados.
O local recebeu reforço de servidores do
gabinete da Superintendência Federal de Agricultura no Espírito Santo (SFA-ES)
para manter as atividades administrativas. O auditor fiscal federal
agropecuário Max Lacerda Ribas e o administrador Leonardo Barreto Gomes foram
destacados para atender às demandas de processos e inspeções federais.
De acordo com o Chefe da VIGI-VIX, Daniel
Nogueira Martins, essa ajuda tem sido muito importante, tendo em vista que
quatro servidores do VIGIAGRO-ES foram colocados em sistema de trabalho remoto,
por serem de grupos de risco. Ademais, a Vigilância Agropecuária Internacional
foi considerada serviço essencial do MAPA, e por isso deve manter o trabalho
presencial.
A unidade do MAPA no Porto de Capuaba é
responsável pelas atividades de controle sanitário na importação e exportação
de produtos de origem animal e no controle fitossanitário nas importações e
exportações de produtos de origem vegetal, bem como controle de qualidade na
importação bebidas, vinhos, alimentos diversos (de anuência do MAPA), fertilizantes, sementes e mudas, entre
outros produtos.
A unidade também atende demanda de emissão de
Certificado Veterinário Internacional (CVI) e passaportes para animais de
companhia que viajam para o exterior com os proprietários.
Medida
tem efeitos positivos diretos na economia local
O estado do Espírito Santo é o segundo maior produtor e o segundo maior exportador de café do país. A cafeicultura é a atividade econômica que mais cria postos de trabalho no estado, estima-se que no Espírito Santo cerca de 400 mil pessoas atuam nessa atividade.
Para Márcio Candido Ferreira, presidente do
Centro do Comércio de Café de Vitória, entidade que representa as empresas
exportadoras de café, a medida adotada pela SFA-ES tem enorme alcance social
para o estado. Isso porque a maior parte das exportações de café vai
acompanhada do Certificado Fitossanitário emitido depois do trabalho de
inspeção do servidores do VIGIAGRO-VIX para garantir que as mercadorias sejam
exportadas livres de pragas e doenças. O Certificado Fitossanitário acompanha
outros documentos enviados pelo exportador de café para os clientes no
exterior, esses por sua vez, de posse desses documentos, fazem o pagamento do
café antes mesmo de a mercadoria chegar ao destino. Márcio Candido explica que
quanto mais ágil é o trabalho do Vigiagro, mais cedo a documentação chega no
exterior e consequentemente a entrada de divisas em nosso país. Segundo ele,
essa prática do comércio internacional de café, vai na contramão do que se tem observado
atualmente com a pandemia do Coronavírus provocando uma crise generalizada de
liquidez e redução de crédito bancário em muitos setores. Ele conclui dizendo
que a praça cafeeira do Espírito Santo é a única no país que tem a prática de
pagar o produtor rural um dia após a entrega do café, logo a anuência do
VIGIAGRO-VIX no comércio internacional de café, com uma atuação célere,
contribui também para agilizar esse fluxo de capital.
Segundo os dados do Centro do Comércio de
Café de Vitória em 2019 foram exportadas pelo Espírito Santo cerca de 5,7
milhões de sacas de café, para mais de 55 países, gerando uma receita cambial
de mais de meio bilhão de dólares.