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16/03/2016

Consumo de cafés especiais cresce 25%

Em meio à paradeira na economia brasileira, os cafés especiais estão revigorando o mercado de bebidas e animando os produtores capixabas, que já sentem o gosto do crescimento das vendas registrado em 2015.

E os números mostram que, quando o café é especial, aumentam os pedidos no mercado interno do Espírito Santo, mas também sobem as exportações.

Aqui no Estado, o consumo do produto cresce 25% a cada ano, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Café (Sincafé-ES), Egídio Malanquini.

Ele contou que são cafés produzidos em municípios da região do Caparaó, como Iúna e Muniz Freire, e da região das montanhas, como Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante.

“O consumo vem crescendo, mesmo com a crise econômica, porque o café do Espírito Santo é atrativo. Temos quatro variedades que podemos transformar em cafés especiais”, detalhou.

Malanquini ressaltou que, recentemente, dois produtores capixabas foram premiados entre os melhores do Brasil.

De fato, um levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) revelou que as exportações de café especiais subiram 11,7% em 2015, chegando a nove milhões de sacas e receita de US$ 1,8 bilhão (R$ 6,5 bilhões).

O superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, calculou que o aumento de 25% no consumo interno de cafés especiais também é verificado nas lojas.

“Esse crescimento se confirma até pelas gôndolas do supermercado, com mais espaço para uma série de marcas especiais. A tendência é melhorar cada vez mais, pois é uma exigência do consumidor”, projetou Schneider.

Especialista em economia capixaba e comércio exterior, a economista Arilda Teixeira considera investir em cafés especiais uma boa opção para produtores aumentarem suas receitas. “O café especial cria a demanda e permite criar mercado, por isso tem impacto significativo na economia.”

O presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado (Sindbares), Wilson Calil, discordou. “Como o movimento dos restaurantes e bares caiu, em média, 30%, a venda de cafés especiais acompanhou a queda”.


Fonte: Jornal A Tribuna em 13 de março de 2016.