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30/09/2016

Capixabas já pagaram R$ 24 bi em impostos só neste ano

Por Angelo Passos

apassos@redegazeta.com.br


O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo cai há cinco trimestres consecutivos e a perspectiva é de fechar 2016 com retração de 13%. A recessão já extinguiu quase 50 mil vagas de emprego formal, segundo o Ministério do Trabalho. Ainda assim, o total recolhido em impostos no Estado já atinge R$ 24 bilhões em 2016 (de 1º de janeiro até ontem), conforme registra o Impostômetro, criado pela Associação Comercial de São Paulo. É um montante astronômico para uma economia depauperada. Para o setor público, o montante de impostos não cobre grande parte das despesas. Daí a precariedade de vários serviços. Este é o modelo que o Brasil escolheu. Está na Constituição de 88. O Estado é grande e custa caro. Por isso, difícil de ser financiado, mesmo com uma carga tributária altíssima. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) aponta a existência, hoje, de 62 tributos que direta ou indiretamente atingem a população. Equivalem, em média, a 41,8% do rendimento do contribuinte - dose que inibe fortemente o consumo e derruba a produção. O Brasil é o país que mais tributa as empresas no grupo do G20.

 

Prejuízo no Campo - R$ 957 milhões

Esse é o montante do prejuízo da fruticultura capixaba, neste ano, provocado pela estiagem. O cálculo é da Secretaria de Estado da Agricultura, que constata perda de 434 mil toneladas de produtos como o mamão, goiaba, laranja, abacaxi, maracujá e cacau. A esse quadro, soma-se o recuo de 40% na produção do conilon, um baque de R$ 2,2 bilhões. E já se fala que a safra de 2017 começa a ser afetada.


Fonte: 

A Gazeta, Vitória/ES, 30/09/2016 - Economia Capixaba, pag. 31