Por Angelo Passos
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo cai há cinco trimestres consecutivos e a perspectiva é de fechar 2016 com retração de 13%. A recessão já extinguiu quase 50 mil vagas de
emprego formal, segundo o Ministério do Trabalho. Ainda assim, o total
recolhido em impostos no Estado já atinge R$ 24 bilhões em 2016 (de 1º de
janeiro até ontem), conforme registra o Impostômetro, criado pela Associação
Comercial de São Paulo. É um montante astronômico para uma economia
depauperada. Para o setor público, o montante de impostos não cobre grande
parte das despesas. Daí a precariedade de vários serviços. Este é o modelo que
o Brasil escolheu. Está na Constituição de 88. O Estado é grande e custa caro.
Por isso, difícil de ser financiado, mesmo com uma carga tributária altíssima.
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) aponta a
existência, hoje, de 62 tributos que direta ou indiretamente atingem a
população. Equivalem, em média, a 41,8% do rendimento do contribuinte - dose
que inibe fortemente o consumo e derruba a produção. O Brasil é o país que mais
tributa as empresas no grupo do G20.
Prejuízo no Campo - R$ 957 milhões
Esse é o montante do prejuízo da fruticultura
capixaba, neste ano, provocado pela estiagem. O cálculo é da Secretaria de
Estado da Agricultura, que constata perda de 434 mil toneladas de produtos como
o mamão, goiaba, laranja, abacaxi, maracujá e cacau. A esse quadro, soma-se o
recuo de 40% na produção do conilon, um baque de R$ 2,2 bilhões. E já se fala
que a safra de 2017 começa a ser afetada.
Fonte:
A Gazeta, Vitória/ES, 30/09/2016 - Economia Capixaba, pag. 31